sábado, 22 de dezembro de 2012

Às vezes é engraçado o jeito como levamos nossa vida. Nunca estamos satisfeitos o bastante, nada nos agrada por completo. É um sentimento confuso. Alegria, tristeza, amor, desamor, carinho, indiferença... Todos os dias somos vitimas de nós mesmos. Todos os dias nós levantamos pensando na hora de deitarmos e deitamos pensando no que temos que fazer quando levantarmos. Onde vamos parar? Onde estamos tentando chegar todos os dias? Às vezes tento não analisar minha vida, tento evitar ficar cara a cara comigo mesmo. É difícil olhar criticamente pra dentro de nós. É difícil assumir o erro e aceitar a dor. Diariamente tentamos depositar no outro, ou em qualquer que seja o alvo, a culpa por sermos quem somos. Mas no fundo, mesmo fingindo ser quem não é, mesmo maquiando a verdade que só você sabe, o sentimento está lá, escondido na rotina do dia a dia.  Apontando o dedo pra qualquer outro lugar menos para o lugar correto, que é pra você mesmo. E então esse sofrimento passa a não ser mais seu, deposita sua dor no próximo, fingindo que você sofre com a dor dele como se fosse sua própria dor, como um grande ato de compaixão, onde na verdade, não passa de um consolo mal recebido pela covardia do seu coração. Sabe quando você aproveita a cena emotiva do filme pra chorar um pouco da sua dor própria? Então...

Stefanny Cavalcanti


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Eu sempre fui daquelas que nunca se deixou levar, e quando ia, nunca ia inteira, sempre fui pela metade. Já imaginou alguém me levar por completo? Nunca, isso nunca. Sempre amei não amando, me apaixonei sem borboletas no estomago, desejei sem o coração acelerar. Vivia em banho-maria, não porque queria, mas porque sentia que tal sentimento não podia ser vivido tantas e tantas vezes, com tantas e tantas pessoas diferentes. Calma. Ta ai uma coisa que sempre tive. Porque no fundo eu sabia que essas sensações não seriam verdadeiras se experimentadas de várias formas. Tudo tem sua hora, mas qual é a hora? Como não sabia a resposta, sempre vivia na defensiva “Eu não vou me apaixonar por ele, não por esse”. Mas qual é então? E se ele já tiver passado enquanto eu achava que não era ele? E agora? Perdi? Será? E foi no meio desse mar de duvida e de arrependimento por não ter me jogado tanto na vida, que alguém apareceu, não era ele, eu achava, obvio! Mas foi mais um que chegou. Chegou achando que ia ficar, na verdade, sabendo que ia ficar. Ele também estava me procurando, procurando por aquela que não tinha se jogado. Era eu. Nos achamos.

Stefanny Cavalcanti




quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Sabe quando você precisa de um pouco de atenção, mas não quer pedir por isso? Faz de tudo pra ser notada, cuidada, amada... Só um pouquinho, me liga, pergunta como foi meu dia. Deixa eu te responder abusada que não to bem, mas não desiste não, pergunta de novo. Eu li uma vez que “Às vezes, a ignorância não passa de um orgulho querendo ganhar cafuné…” eu concordo. Não ligue pra minha forma rude de ser, eu tenho motivos, é apenas uma tentativa frustrada de ser notada por você. Pergunte “que carinha triste é essa” e coloca o fone de ouvido enquanto eu desabafo, eu não ligo, só pergunte. Pode fingir que se importa, eu não me importo.

Stefanny Cavalcanti.