segunda-feira, 25 de junho de 2012

Sabe uma pessoa alto-defensiva? Eu. Sabe aquela coisa de que todos são suspeitos até que se prove o contrário? Levo isso à risca. Não porque queira que seja assim, mas porque a vida me jogou essa teoria na cara muitas vezes. Rasteiras da vida já levei várias, e das pessoas então... Nem se conta. Então não se assuste se você falar que me ama eu simplesmente sumir. São os anti-corpos avisando que ta ficando perigoso pra mim, zona de risco, a beira do abismo para o “Me ferrei”. Acredite, já me arrependi por ser assim várias vezes, mas várias vezes já chorei por não ter levado minha intuição a sério. Então eu disse não. E não, já disse várias outras vezes. Algumas vezes foi fácil de dizer, outras praticamente uma tortura. Mas foi dito. Que Santo Antônio não me ouça, mas não confio muito nos gostos dele não. Nem no meu. Por isso esse receio todo de ta com a pessoa errada, ou dentro da relação errada, ou ta com a impressão errada. Enfim, às vezes realmente minha opinião ta toda errada. Mas ai entra o meu egoísmo na história. Se de toda forma vou pagar pelo erro de alguém, então que seja pelo meu.

Stefanny Cavalcanti

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Eu exclui suas fotos, seu numero de telefone, suas mensagens, históricos no MSN... Isso tudo na hora da raiva foi muito fácil de apagar... Mas como é difícil “apagar.” Você sabe do que estou falando. Apagar o que não pode ser apagado deveria ser, no mínimo, possível de ser esquecido. Fora o medo de ouvir o nome dele numa conversa. Medo de notarem o medo que você sente de ouvir o nome dele numa conversa. Medo dele. Medo da conversa. Medo desse tempo não ser apagado, nem esquecido, e pior, medo de ser cada vez mais relembrado. E esse nó na garganta todas as vezes que ouve: “Ele falou em você.” E a raiva de querer saber. Falou o que de mim? (...)

Stefanny Cavalcanti


quarta-feira, 20 de junho de 2012

"Não sou mulher de ser levada em banho-maria. Ou você tem a parte mais quente de mim ou é com a parte fria que você tem que lidar."

Stefanny Cavalcanti


domingo, 17 de junho de 2012

Você se garante demais não é? Acha-se tão capaz ao ponto de acreditar que me tem pro resto da minha vida, independente do que você faça da sua vida. No mínimo acha que a falta que você fazia ou o vazio que você deixou me machuca ao ponto de chorar noites e noites por você. De certo imagina que a dor da sua ausência me consome pouco a pouco até quem sabe um dia cicatrizar. Posso te contar uma novidade? O mundo evoluiu, hoje em dia pode-se ficar triste com um sorriso no rosto, é possível cura sem dor, não é porque ainda existe um pouco de você dentro de mim que eu vá deixar de ser feliz com o que tenho. Um tombo e depois um salto maior ainda pra mostrar quem é que manda. Ralei os joelhos na queda mais ainda estou viva. Arrancou um pedaço do meu coração? Leva pra você. Eu aproveito o que ficou, e aproveito bem. Antes um machucado doía não era? Então passava Merthiolate no machucado e ardia ainda mais. Pois é, mas é como eu disse: O mundo evoluiu viu? Acorda garoto, que nem Merthiolate dói mais. Se é que me entende...

Stefanny Cavalcanti


quarta-feira, 13 de junho de 2012


Às vezes eu procuro um motivo. Seja lá pra o que for. Motivo pra ir, motivo pra ficar, motivo pra deixar ir, motivo pra pedir pra ficar... Às vezes acho mais fácil sentar e assistir a partida do que entrar no finalzinho do segundo tempo e jogar. O jogo foi tão bem até agora sem mim, que diferença iria fazer um chute a mais ou a menos? Pra mim diferença nenhuma. É que às vezes a partida é chata, jogo arranjado sabe? Todo mundo sabe quem ganha e quem perde. Eu sou o que perde, sempre. Mas a culpa é minha, toda minha. Já entro no jogo com espírito de derrota, voto vencido, sou o time azarado do campeonato. Exagero? Tenta entrar na minha vida pra você ver. Quer ganhar alguma coisa jogue contra mim. Sou café-com-leite. Me deixa aqui sentada no banquinho mesmo tá? Preguiça de tentar ganhar inutilmente. Outro dia desses conversando com uma amiga ela me disse: Você deixa as pessoas passarem rápido demais na sua vida. É não amiga, sou eu que não agüento o pique do jogo mesmo. Deixa ganharem, o prêmio não vale a pena não.

Stefanny Cavalcanti


quinta-feira, 7 de junho de 2012

Eu tenho saudades de deitar no sofá de casa só pra assistir a Sessão da Tarde na TV. Saudades da minha amiguinha chamando no portão de casa pra irmos brincar de boneca. Saudade de paquerar com o garotinho mais lindo do Jardim de Infância. Há como era bom aquele “namoro” em que ele segurava minha mão e todos os dias me pagava uma bala, tão rapazinho, e os dois tão inocentes. Éramos o amor um do outro. Não existia outra garota pra ele, muito menos outro rapazinho em minha mente. Ai a gente cresce, esquece todas essas coisas que nos deixava tão felizes. Começamos a trabalhar, pagar contas, ter responsabilidades e principalmente, começamos a nos iludir. Todo mundo espera um amor como aquele da infância, mas ninguém quer ser esse amor. Todo mundo espera que seja um relacionamento entre duas únicas pessoas, mas então entra mais alguém e mais alguém e mais alguém... Até que você mesmo já não é mais ninguém na história. Quando a gente cresce o motivo do choro muda, ele vai ficando cada vez mais triste, mais desolado, mais desesperançoso. Quando a gente cresce esquece que o sentido de tudo é ter alguém verdadeiro para nos olhar nos olhos e dizer o quanto somos únicos. E hoje em dia quem é único na vida de alguém? Ninguém. Há que saudade das minhas tristezas da infância, se eu bem soubesse das tristezas do mundo adulto, sorriria a cada choro inocente de criança. Saudade de ralar os joelhos, tomar banho e sentir a pele arder. Porque essa dor sim, você sabe que foi por uma boa causa. E você, tem saudade de que?

Stefanny Cavalcanti