Às vezes é engraçado o jeito
como levamos nossa vida. Nunca estamos satisfeitos o bastante, nada nos agrada por
completo. É um sentimento confuso. Alegria, tristeza, amor, desamor, carinho,
indiferença... Todos os dias somos vitimas de nós mesmos. Todos os dias nós levantamos
pensando na hora de deitarmos e deitamos pensando no que temos que fazer quando
levantarmos. Onde vamos parar? Onde estamos tentando chegar todos os dias? Às vezes
tento não analisar minha vida, tento evitar ficar cara a cara comigo mesmo. É difícil
olhar criticamente pra dentro de nós. É difícil assumir o erro e aceitar a dor. Diariamente tentamos depositar no outro, ou em qualquer que seja o alvo, a
culpa por sermos quem somos. Mas no fundo, mesmo fingindo ser quem não é, mesmo
maquiando a verdade que só você sabe, o sentimento está lá, escondido na rotina
do dia a dia. Apontando o dedo pra
qualquer outro lugar menos para o lugar correto, que é pra você mesmo. E então
esse sofrimento passa a não ser mais seu, deposita sua dor no próximo, fingindo
que você sofre com a dor dele como se fosse sua própria dor, como um grande ato
de compaixão, onde na verdade, não passa de um consolo mal recebido pela covardia do seu coração. Sabe quando você aproveita a cena emotiva do filme pra
chorar um pouco da sua dor própria? Então...
Stefanny Cavalcanti