Eu sempre fui daquelas que nunca
se deixou levar, e quando ia, nunca ia inteira, sempre fui pela metade. Já imaginou
alguém me levar por completo? Nunca, isso nunca. Sempre amei não amando, me
apaixonei sem borboletas no estomago, desejei sem o coração acelerar. Vivia em
banho-maria, não porque queria, mas porque sentia que tal sentimento não podia
ser vivido tantas e tantas vezes, com tantas e tantas pessoas diferentes. Calma.
Ta ai uma coisa que sempre tive. Porque no fundo eu sabia que essas sensações não
seriam verdadeiras se experimentadas de várias formas. Tudo tem sua hora, mas
qual é a hora? Como não sabia a resposta, sempre vivia na defensiva “Eu não vou
me apaixonar por ele, não por esse”. Mas qual é então? E se ele já tiver
passado enquanto eu achava que não era ele? E agora? Perdi? Será? E foi no meio
desse mar de duvida e de arrependimento por não ter me jogado tanto na vida,
que alguém apareceu, não era ele, eu achava, obvio! Mas foi mais um que chegou.
Chegou achando que ia ficar, na verdade, sabendo que ia ficar. Ele também
estava me procurando, procurando por aquela que não tinha se jogado. Era eu. Nos
achamos.
Stefanny Cavalcanti
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