segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Eu sempre fui daquelas que nunca se deixou levar, e quando ia, nunca ia inteira, sempre fui pela metade. Já imaginou alguém me levar por completo? Nunca, isso nunca. Sempre amei não amando, me apaixonei sem borboletas no estomago, desejei sem o coração acelerar. Vivia em banho-maria, não porque queria, mas porque sentia que tal sentimento não podia ser vivido tantas e tantas vezes, com tantas e tantas pessoas diferentes. Calma. Ta ai uma coisa que sempre tive. Porque no fundo eu sabia que essas sensações não seriam verdadeiras se experimentadas de várias formas. Tudo tem sua hora, mas qual é a hora? Como não sabia a resposta, sempre vivia na defensiva “Eu não vou me apaixonar por ele, não por esse”. Mas qual é então? E se ele já tiver passado enquanto eu achava que não era ele? E agora? Perdi? Será? E foi no meio desse mar de duvida e de arrependimento por não ter me jogado tanto na vida, que alguém apareceu, não era ele, eu achava, obvio! Mas foi mais um que chegou. Chegou achando que ia ficar, na verdade, sabendo que ia ficar. Ele também estava me procurando, procurando por aquela que não tinha se jogado. Era eu. Nos achamos.

Stefanny Cavalcanti



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