sábado, 22 de dezembro de 2012

Às vezes é engraçado o jeito como levamos nossa vida. Nunca estamos satisfeitos o bastante, nada nos agrada por completo. É um sentimento confuso. Alegria, tristeza, amor, desamor, carinho, indiferença... Todos os dias somos vitimas de nós mesmos. Todos os dias nós levantamos pensando na hora de deitarmos e deitamos pensando no que temos que fazer quando levantarmos. Onde vamos parar? Onde estamos tentando chegar todos os dias? Às vezes tento não analisar minha vida, tento evitar ficar cara a cara comigo mesmo. É difícil olhar criticamente pra dentro de nós. É difícil assumir o erro e aceitar a dor. Diariamente tentamos depositar no outro, ou em qualquer que seja o alvo, a culpa por sermos quem somos. Mas no fundo, mesmo fingindo ser quem não é, mesmo maquiando a verdade que só você sabe, o sentimento está lá, escondido na rotina do dia a dia.  Apontando o dedo pra qualquer outro lugar menos para o lugar correto, que é pra você mesmo. E então esse sofrimento passa a não ser mais seu, deposita sua dor no próximo, fingindo que você sofre com a dor dele como se fosse sua própria dor, como um grande ato de compaixão, onde na verdade, não passa de um consolo mal recebido pela covardia do seu coração. Sabe quando você aproveita a cena emotiva do filme pra chorar um pouco da sua dor própria? Então...

Stefanny Cavalcanti


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